sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Lembranças.


O toque traiçoeiro e delicado do vento afagava minha face. Minhas pernas bambas jaziam paradas naquela esquina, a única lembrança que tinha daqueles dias, tomou minha mente como a folha de outuno que caia sobre o chão. O vento, frio, cauteloso deixou apenas uma lembrança, a única da qual irei guardar eternamente. O doce toque de seus lábios me arrepiaram e a única coisa que pude pensar naquele momento, foi em abraçá-lo, sentir seu toque, sentir-me amada. A luz do poste que estava sobre nós, de repente apagou, e a única coisa que sei, foi que tu deixou o seu amor. As lembranças que um dia guardei em meu coração, permaneceram sempre lá, quietas e aprisionadas. Os momentos bons foram esquecidos, pelo simples fato de não poder lembrar-me de tua face, que antes era reconhecida por mim em meio a multidão. E a sua voz aveludada, ficou importunando-me diversas vezes, mas a única coisa que fiz, foi deixá-la guardada.

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