quinta-feira, 29 de abril de 2010

Decisão.

Ainda atordoada pelo acontecimento, ela esperou o computador desligar-se sozinho, desligou o pequeno abajur que ficava em sua mesinha e levantou-se com calma. As lágrimas ainda insistiam em cair e molhar tua face triste, sem opção, apenas saiu do escuro e seguiu até a sua própria sala de estar. Ligou a TV e procurou algo para assistir, nada encontrou; as lágrimas ainda não haviam parado de cair. – “Droga...” – Exclamava sozinha irritada consigo mesma, e por não conseguir fazer o choro cessar.
Eram 2 da manhã, e sua mente ainda rodopiava em torno do motivo que lhe fizera derramar tantas lágrimas. Tomou a decisão e logo empós o fez, com a manga de sua própria blusa de frio afagou o rosto enxugando as lágrimas teimosas. A TV já não lhe agradava mais, não preencheu sua mente, sua cabeça, apenas tornou tudo mais doloroso, tortuoso e demorado.

Levantou irritada e desligou a tv, jogando o controle da mesma em cima do sofá com a violência que não lhe era familiar no dia a dia, mais uma vez, caminhou pelo escuro, olhou-se no espelho do pequeno corredor de sua casa, e resolveu deitar, jogou exatamente tudo que estava sobre a cama no chão, desejando que aquela noite tivesse fim, mas o fim estava longe demais...

Pegou o celular e seus fones de ouvidos que estavam na mochila, se jogou na cama como um peso morto, inerte em seus pensamentos, depois de alguns minutos, mais uma lágrima. –
“Saco...” – Novamente, reclamou. Tudo estava tão escuro... A luz do seu celular era seu único auxilio, até aquele momento, tremia tanto... Demorou quase 5 minutos apenas para colocar o fone no lugar certo e cobrir-se, pegou uma pequena almofada, e deitou sua cabeça nela, fechou os olhos, mas não queria o escuro...
A inquietude lhe perseguia naquele momento, as músicas selecionadas para tocar naquele momento queriam sair por sua boca, mas segurou-se, sua tia dormia. Virando-se de um lado a outro, a única opção foi remexer o celular, não sentia sono, apenas um vazio em seu peito, lembranças diversas a rodearam, algumas dolorosas, outras, felizes.

Por fim, exatamente as 2:31 da manhã ao som de Here Without You do 3 Doors Down ela tomou a decisão, olhando para o nada, inerte em sua cama, em seus pensamentos, disse para si mesma.

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Não, eu não vou mais desperdiçar minhas lágrimas, é assim que você me julga? Assim eu serei a partir de hoje, não por você, não por ninguém, mas por mim, não vale a pena me machucar por alguém como você, não vale a pena ser assim por você... Considere isso um Adeus, ou então, um recomeço.


Ela desligou o celular, tirou os fones e esperou que a noite lhe trouxesse ao menos um sonho bom, ela teve um sono conturbado, mas havia tomado sua própria decisão, agora era só ela, e apenas isso.

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